Uma das maiores dificuldades que o médium encontra para a realizaçãoda sua tarefa – sobretudo se ele é iniciante – diz respeito à procedência das comunicações que transmite, ainda que tenha conhecimentos sobre os fenômenos anímicos e os mediúnicos. O assunto desperta, naturalmente, algumas indagações: é possível saber com segurança se a comunicação é mediúnica, propriamente dita, ou é anímica? Será que sob [...] a evocação de certas imagens, o pensamento do médium não se tornaria sujeito a determinadas associações, interferindo automaticamente no intercâmbio entre os homens da Terra e os habitantes do Além? . Poderíamos definir [...] o limite onde cessa a ação própria da alma e começa a dos Espíritos?
Saber distinguir se a comunicação é do próprio médium ou de um Espírito demanda tempo e aprendizado. Faz-se necessário observar com atenção a natureza das comunicações, a linguagem e a identidade dos Espíritos comunicantes. Não se trata, porém, de tarefa de fácil execução. Entretanto, é possível analisar as principais dificuldades para identificar as fontes de comunicação mediúnica.
DISTINÇÃO ENTRE FENÔMENO MEDIÚNICO E FENÔMENO ANÍMICO
É por vezes muito difícil distinguir, num dado efeito, o que provém diretamente da alma do médium do que promana de uma causa estranha, porque com freqüência as duas ações se confundem e convalidam. É assim que nas curas por imposição das mãos, o Espírito do médium pode atuar por si só, ou com a assistência de outro Espírito; que a inspiração poética ou artística pode ter dupla
origem. Mas, do fato de ser difícil fazer-se uma distinção como essa não se segue seja impossível. Não raro, a dualidade é evidente e, em todos os casos, quase sempre ressalta de atenta observação. (KARDEC, 2006, p.102 - Obras póstumas)
Por definição, o animismo é o fenômeno o qual a pessoa arroja ao passado os próprios sentimentos, "do qual recolhe as impressões de que se vê possuída". A cristalização da nossa mente, hoje, em determinadas situações, pode motivar, no futuro, a manifestação de fenômenos anímicos, do mesmo modo que tal cristalização ou fixação no passado, se exterioriza no presente.
Nos fenômenos psíquicos comuns nos agrupamentos mediúnicos , há, por conseguinte, de se fazer a seguinte distinção:
a) Fatos anímicos - aqueles em que o médium, sem nenhuma ideia preconsebida de mistificação, recolhe impressões do pretérito e as transmite, como se por ele um espírito estivesse comunicando.
b) Fatos espíriticos - aqueles em que o médium é apenas um veículo que recebe e transmite ideias dos espíritos desencarnados ou... encarnados.
Portanto, nos fatos anímicos o que se assemelha a um transe mediúnico, com todas as aparências de que há interferência de um Espírito, nada mais é do que o médium revivendo cenas e acontecimentos recolhidos do seu próprio mundo subconsciencial, fenômeno esse motivado pelo contato magnético, pela aproximação de entidades que lhe partilharam as remotas experiências. (PERALVA, 2010 - Estudando a Mediunidade)
As influências anímicas diminuirão com o passar do tempo – sem jamais cessar de todo –, à medida que o médium adquirir mais conhecimento e mais experiência, porque a mediunidade, como tudo na vida, tem [...] sua evolução, seu campo, sua rota. Não é possível laurear o estudante no curso superior, sem que ele tenha tido suficiente aplicação nos cursos preparatórios, através de alguns anos de luta, de esforço, de disciplina. (XAVIER, 2006, p.150 - p.151 - No mundo maior)
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Aula muito esclarecedora.
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